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Cidade romana de Seilium descoberta há 100 anos em Tomar

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Estávamos em 1923 quando o tomarense José Vieira da Silva Guimarães, médico e arqueólogo, fundamentou a hipótese da cidade romana de Seilium se situar em Tomar.

Até 31 de dezembro deste ano está patente na biblioteca municipal de Tomar, uma exposição dedicada a essa descoberta arqueológica, resultado da investigação de João Amendoeira Peixoto, no âmbito da sua tese de doutoramento na Universidade de Évora.

Vieira Guimarães (1864-1939), tomarense formado em Medicina na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, onde conclui o curso em 1897, dedicou parte da sua vida à valorização do património cultural de Tomar.

A sua atividade principal foi a de professor de geografia e história no Liceu Camões em Lisboa, no entanto, foi também arqueólogo, deputado e historiógrafo com vasta obra publicada.

Entre as principais obras escritas dedicadas a Tomar e à Ordem de Cristo, destacam-se: A Ordem de Cristo (1901), A missão de Portugal e o monumento de Thomar (1905), Marrocos e três mestres da Ordem de Christo (1916), Thomar – Sta Iria (1927), As águas do Agroal (1932), O poema de pedra de João de Castilho em Thomar (1934).

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Para além de várias ações dedicadas à terra onde nasceu, a sua principal marca na cidade é a Casa Vieira Guimarães, à entrada da Corredoura.

O médico nabantino participou em associações, sociedades e academias, tais como a Associação dos Arqueólogos Portugueses, a Academia das Ciências de Lisboa e era sócio da Real Academia de História de Madrid.

Durante a sua vida contactou com investigadores como Leite de Vasconcelos e Alberto Pimentel, e participou em congressos, eventos e como guia de grupos excursionistas em Tomar.

João Amendoeira Peixoto tem-se empenhado na investigação desta figura marcante da história de Tomar. Na exposição que se pode visitar na biblioteca mostra-se qual o trabalho desenvolvido por Vieira Guimarães para provar que existiu aqui em Tomar uma grande cidade romana chamada Seilium ou Sellium. O chamado fórum romano, junto ao cemitério, e todos os vestígios arqueológicos descobertos nas últimas décadas desde Marmelais à Alameda Um de Março, provam essa tese.

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